Flag Counter

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Projeto Mensageira - Planta Invasora

MENSAGEIRA – PLANTA INVASORA

ALUNAS: Luzia Janaína Rodrigues Beserra - Janaina da Silva Gomes

ORIENTADORES: Manoel Erones Santiago – Francisco Jarbas da Silva



INTRODUÇÃO

Ao realizar uma aula de campo nas proximidades do rio Palhano, percebeu-se que as margens encontram-se cobertas em sua maior parte por um único tipo de planta conhecida popularmente no município como mensageira. Então, buscou-se estudar essa planta como forma de entender como ela se estabeleceu neste bioma.

Conhecida popularmente em outras regiões como unha-do-diabo, a Cryptostégia grandiflora R. Br, uma planta ornamental trazida de Madagascar (África) está ameaçando a mata ciliar do rio Palhano, principalmente a carnaúba planta nativa desse ecossistema, e outros espécimes remanescentes da exploração antrópica como a oiticica, a marizeira, o juazeiro, dentre outras.

Sabe-se ainda, que essa planta incluída entre as espécies invasoras, quando fixam em uma determinada região, acaba prejudicando os pequenos criadores de rebanho caprino, pois os animais ao se alimentar da sua folhagem acabam se intoxicando, pois o leite (látex caustico) produzido pela planta contém substâncias altamente nocivas aos animais. Ela também é hospedeira de colônias de carrapatos, pulgões e outros parasitas.

O presente trabalho teve como objetivo principal propiciar conhecimento à população local sobre os riscos das plantas invasoras, no caso a mensageira, a qual já está estabelecida às margens do rio Palhano e em algumas lagoas das comunidades rurais da cidade. E também mostrar os prejuízos que a mensageira traz a população que depende do extrativismo vegetal da carnaúba, alertando para os danos causados pelo desmatamento da mata ciliar

DESENVOLVIMENTO

Observando as margens do rio em vários pontos, percebe-se que a mata ciliar nativa deu lugar a pequenas plantações de subsistência (roçados) os quais produzem milho e feijão no período chuvoso. Observa-se também, que muitos espaços onde a mensageira é vegetação dominante, já foram áreas de plantio que foram abandonadas, favorecendo em muito o estabelecimento dessa planta invasora.

A Cryptostégia grandiflora R. Br (mensageira) tem facilidade de adaptação, pois sua disseminação é anemocórica (feita pelo vento) contribuindo para a sua dispersão, e por ser uma planta muito resistente aos períodos de estiagem, tendo sua rebrota nos períodos chuvosos, facilmente torna-se dominante neste bioma.

Como trepadeira, ela produz uma intensa teia de cipós, que envolve as plantas nativas. Em relação à carnaúba, ela sobe pelo tronco até alcançar os galhos e cobrir todas as folhas (palhas). As duas árvores têm praticamente as mesmas características. Precisam de solo úmido e de luz do Sol para se desenvolver. A diferença é que a planta africana cresce mais rapidamente e na luta pela sobrevivência, a carnaúba sai perdendo. Coberta, a carnaúba fica sem oxigênio e morre.

Um outro ponto negativo da invasora mencionada neste trabalho é que ao serem cortadas, liberam um látex cáustico irritante para a pele e os olhos do ser humano, podendo cegar. Além de invadir o meio, a Cryptostegia grandiflora (mensageira) quando consumida por caprinos, pode causar convulsões ou a morte por envenenamento. Em fim, a vegetação de mensageira quando está estabelecida pode causar muitos prejuízos à população ribeirinha, e apesar de ter uma flor exótica, ainda não existe um mercado consumidor para as mesmas.

METODOLOGIA

  • Pesquisa realizada através de sites de busca;
  • Entrevistas com moradores de comunidades próximas as margens do rio Palhano;
  • Fotos que retratam as invasões das mensageiras nas carnaúbas e demais plantas.

CONCLUSÃO

Conhecer a espécie Cryptostegia grandiflora R. Br, é a melhor maneira de combater o seu estabelecimento às margens do rio Palhano, pois é comprovado pela comunidade científica, e principalmente pelo senso comum (moradores da região) que o seu estabelecimento está causando problemas de ordem ecológica e financeira.

Sabe-se, ainda, que da mensageira não se explora nada, portanto, não contribuindo para a complementação da renda local, do contrário, ao se estabelecer nos carnaubais, acaba gerando dificuldades aos pequenos extrativistas no corte da palha. Por fim, quando essa invasora, cobre toda a copa da carnaúba, finda matando a “árvore da vida”.

BIBLIOGRAFIA

________ www.adital.com.br/

________ www.mma.gov.br/invasoras/

________www.institutoconvivencia.org.br/especiesexoticas.htm


Nenhum comentário: